Relacionamentos Transformados - Parte 1

Parte 1: Onde está o amor nisso?
Texto Base: 1 Co 13.1-3

Como dizer que amamos a Deus, e não amamos aos quem Deus fez?

Textos base: 1 João 2.9-17

Qual a marca de uma vida com Cristo?

O amor cristão é marca indispensável para uma vida com Cristo. Em 1Co 13.1-3, Paulo discorre que ainda que ele falasse as línguas dos homens, dos anjos, tivesse o dom de profetizar, conhecesse os mistérios e toda a ciência, que tivesse fé capaz de transpor montes, que distribuísse seus bens aos pobres, ou entregasse seu próprio corpo para ser queimado, se não tivesse amor, de nada estas coisas se aproveitaria.

A medida e prova que temos como padrão e exemplo é o amor que Cristo dispensou em nosso favor.

Ler texto: Mt 22.36-38 - A primeira coisa que temos como padrão é o amor que se prova a Deus por temor e tremor a ele. É preciso esclarecer isso. Que homem com medo vai ao encontro do que teme? Apenas em filmes de terror isso acontece. O que mostra amor a Deus é obediência. Temer a Deus é obedecer a Deus e andar na sua presença – pois se nosso temor reflete medo, então fugiríamos da presença dele. Nosso amor a Deus é reflexo do amor dele, primeiramente, em nós. E mais claramente ainda, este amor não é por nada que fizemos para ele, ou por ele, mas pela sua graça e misericórdia em nosso favor. Amor pela entrega de seu Filho para nossa redenção.

O segundo parâmetro que temos é: Ler texto: Mt 22.39 – amar ao próximo e dar a sua vida por ele. É importante ressaltar que Jesus não diz “Amar ao teu irmão como a ti mesmo”; ele diz “Amar ao próximo como a ti mesmo”. Este amor envolve dar, gastar e até empobrecer-se pelo bem-estar do próximo. Indo além, talvez algo que tem passado despercebido por nós, interessar-se pelo próximo. Interesse genuíno, puro e de cuidado. Por que não damos mais importância por desastres, assassinatos e tragédias que acontecem com aqueles longe de nós? Por que o que nos chocava, nos entristecia e nos quebrantavam, hoje em dia apenas reflete em notícias interessantes e factuais que envolvem uma conversa qualquer? Por que a vida de uma pessoa não vale mais nada, ou vale apenas R$50,00 para um ladrão qualquer? Onde está o amor nisso?

Creio que por estarmos muito presos e concentrados em nossas próprias rotinas – familiares, profissionais, etc – acabamos por perder a noção que devemos buscar construir nesta vida é o que é eterno, e não o que a traça corrói e a ferrugem destrói. Estamos deixando de lado a vontade de Deus e tentamos buscar primeiramente as outras coisas que nos seriam acrescentadas, e buscado a Deus apenas depois.

E, infelizmente, esta visão que a igreja acabou por absorver do mundo, pois isso com certeza não é bíblico, trouxe esta frieza e esquecimento para dentro da família da fé. Povo que antes vendia o que tinha, e entregava a própria vida pelo evangelho, isso em ATOS 4.32-35, hoje prefere confundir-se com o mundo, não deixando claro de onde vêm e qual é a sua missão. Será que nos esquecemos dos dois maiores mandamentos que Cristo nos deixou? Esquecermos do mandamento de Cristo – onde está o amor nisso?

Será que irmãos não passam dificuldades? Que os filhos de Deus podem almejar e buscar quaisquer bens matérias, “determinar” para Deus, e pronto? Nada pode estar mais errado. Não há na Bíblia um só exemplo de um servo fiel de Deus que tenha feito isso. As pessoas que fazem isso podem alcançar, pelo contrário, a ira de Deus. Ainda dentro de nossas igrejas, até mesmo desta aqui, há pessoas que não sabem como farão para se alimentar até o fim desta semana. Não sabem o que farão para pagar o aluguel o arcar com as contas. Muitas vezes não têm condições básicas, enquanto outros desperdiçam dinheiro em coisas fúteis. Como conseguimos dormir no conforto de nossas casas sabendo disso? Talvez é por isso que não ficamos sabendo, para não termos a consciência pesada. Onde está amor nisso?

Um dos focos destas reuniões dos jovens aos sábados à noite é, justamente, estreitar o laço de amor que deve haver entre nós. Mostrar que estamos, sim, preocupados e querendo ter comunhão um com os outros. Como uma igreja que não se une, não se conhece, não ama um ao outro, pode quere propagar um amor que não conhece? Você deixaria um engenheiro fazer uma operação no seu coração? Ou passaria por uma ponte projetada por um cardiologista? Provavelmente não, porque esta pessoa não tem conhecimento do que ela está falando ou fazendo. É a mesma coisa pessoas que não vivem o amor de Deus e a comunhão com seus irmãos querer falar da misericórdia de Pai, sem saber demonstrar misericórdia de um para com o outro?

O que devemos buscar, então?

Neste primeiro dia desta série, vamos falar um pouco de amizades, na próxima reunião – família e na próxima, família – pais e filhos.

Relacionamentos Transformados! – Amizades

Transformados e purificados pelo sangue do Cordeiro. Alguém que tem o privilégio de ter sido salvo por Cristo Jesus, não pode contentar-se com as migalhas que este mundo tem para oferecer. Também não pode contentar-se em oferecer migalhas aos outros. Deus deu-nos vida, e em abundância, para que pudéssemos trazer vida aos outros.

Cristo conhecia o coração de cada pessoa que estava a sua volta, conhecia o seu profundo, como o Pai, esquadrinhava o coração. Cristo buscava sempre ter um relacionamento profundo com seus discípulos, ele conhecia a cada um porque se interessava por cada um, seus medos e suas angústias. Cada apóstolo tinha características particulares e especiais, tanto em defeitos como em qualidades, e garanto que eles se sentiam amados porque sentiam que Jesus os conhecia e se importava com eles.

Entretanto, em momento algum ele deixava a impulsividade, mesquinhez, incredulidade ou os maus costumes daqueles que estavam ao seu redor tirar o objetivo de sua missão. Cristo amava àqueles que estavam ao seu redor, e queria ensinar-lhe o caminho para salvação. Ele não deixava o amor que sentia por eles ser maior ao amor por Deus. Podemos voltar aos dois maiores mandamentos em Mt 22.36-39. Nós, jovens e adolescentes, estamos nos esquecendo de buscar os relacionamentos permeados por Cristo. Esquecendo de sermos santos, e santificarmos nossa vida. Nossas conversas e nossas mentes não podem estar repletas de obscenidades, não podemos aceitar os mesmos valores que o mundo nos impõe.

“Ficar” não é mais modismo, é cultura. Dois adolescentes que não se conhecem e se beijam, que profundidade de relacionamento demonstram? Quanto eles se conhecem? Algumas vezes, não sabem nem o nome um do outro, e provavelmente nunca saberão. Em busca de preencher algum vazio, esvaziam-se muito mais.

Os namoros cristãos de hoje em dia não visam mais o casamento, muitas vezes não honram a Deus como deveriam, não servem de exemplo. Gravidez antes do casamento se tornou “aceitável”, algumas igrejas nem disciplinam mais quem o faz. Preferem “admoestar em silêncio”. Quem disse que expor o pecado de alguém é para sua condenação? Pode ser para sua salvação!

Concluindo:

Precisamos buscar:

Ter relacionamentos diferentes do mundo, pois muitas vezes confiamos muito mais em amigos fora da igreja, do que em irmão.

Devemos buscar amar ao próximo, mesmo que este não mereça.

Conhecer profundamente nossos irmãos, suas dificuldades e suas qualidades

Devemos nos importar mais com os outros

Porque sermos iguais ao mundo, onde está o amor nisso?